sexta-feira, 8 de julho de 2011

Intentona Comunista


No início da madrugada chegavam ao Rio de Janeiro as primeiras informações sobre um movimento revolucionário irrompido em Natal e Recife, o qual passaria à História como a Intentona Comunista.
Idealizada pela Aliança Nacional Libertadora, liderada por Prestes, a ação foi fomentada dentro dos quartéis, por militares simpatizantes aos ideais comunistas. Pela estratégia traçada, o movimento deveria eclodir simultaneamente em várias cidades. Esperava-se, assim, uma adesão progressiva da população para o cumprimento de seu objetivo: destituir o presidente Getúlio Vargas e instalar no país um regime popular revolucionário.
A partir desse episódio, o governo Vargas buscou criar medidas que ampliassem o poder do Executivo e a decretação de um “estado de guerra”, preocupado em desarticular quaisquer outras forças ameaçadoras ao status quo. Com isso, vários políticos e pessoas vinculadas às atividades comunistas no Brasil foram presos ou tiveram seus direitos cassados. Em 1936, o governo ainda criou a Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo, que lutou contra a “ameaça comunista”.
Apesar de não conseguir concretizar seus planos, a Intentona Comunista não desestabilizou o governo de Getúlio Vargas. Contrariando algumas expectativas, o incidente comunista acabou sendo aproveitado como justificativa do golpe que originou o Estado Novo, em 1937. Na época, o governo plantou a denúncia de um “terrível plano comunista” (Plano Cohen) que ameaçava a ordem institucional, possibilitando a criação da ditadura varguista que perdurou até 1945.

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